Hoje estava almoçando com um amigo de São Vicente e ele veio com a seguinte conversa:
"Eu sempre gostei de ajudar os outros. Por isso, comecei a ler a Bíblia. Sem nenhum motivo aparente, um belo dia senti vontade de cumprimentar as pessoas desconhecidas na rua. Quando cheguei em casa, abri a Bíblia e o primeiro trecho que eu lí falava sobre isso, sobre como cumprimentar conhecidos não significa nada, mas para os desconhecidos significa muita coisa. Interpretei isso como um sinal e agora estou mais engajado na minha missão."
Pessoas diferentes interpretam os mesmos fenômenos de diferentes pontos de vista. Na minha opinião, muitas vezes as pessoas interpretam pequenas coincidências como o que elas são, coincidências. Na hora em que aquele acontecimento pode vir a ter algum valor pra pessoa, a interpretação já é diferente.
Um outro amigo tem uma camiseta onde está escrito o título desse texto. Não sei se a frase é exatamente essa, não importa, a idéia que ela transmite é essa. Eu acho que é exatamente o caso. Eu mesmo passei pelo outro lado dessa moeda recentemente ("ver" o que não quer), em uma situação bem diferente, e cada vez mais percebo que o que eu vi não é exatamente o que eu pensei ter visto. Entendeu?
É importante discernir entre as coincidências e o que é real. Nos salva de decepções infundadas e de falsas esperanças, as duas numa cajadada só.
Bem, de qualquer forma, se esse caso da Bíblia incentivá-lo a ajudar ainda mais pessoas, eu não vejo mal algum, justamente o contrário, ele só tem a ganhar com isso! Mas, como todas as coisas no mundo, tudo em excesso faz mal. Contanto que ele lide com isso como um incentivo a mais e mais um motivo pelo qual trabalhar, é altamente válido; o que não pode é levar isso como um modo de vida e única razão para a caridade e trabalho social. Muitos outros fatores estão envolvidos e seria importante levar todos eles em consideração.
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Há 8 anos