domingo, 18 de julho de 2010

Os olhos veem o que querem e o que não

Hoje estava almoçando com um amigo de São Vicente e ele veio com a seguinte conversa:

"Eu sempre gostei de ajudar os outros. Por isso, comecei a ler a Bíblia. Sem nenhum motivo aparente, um belo dia senti vontade de cumprimentar as pessoas desconhecidas na rua. Quando cheguei em casa, abri a Bíblia e o primeiro trecho que eu lí falava sobre isso, sobre como cumprimentar conhecidos não significa nada, mas para os desconhecidos significa muita coisa. Interpretei isso como um sinal e agora estou mais engajado na minha missão."

Pessoas diferentes interpretam os mesmos fenômenos de diferentes pontos de vista. Na minha opinião, muitas vezes as pessoas interpretam pequenas coincidências como o que elas são, coincidências. Na hora em que aquele acontecimento pode vir a ter algum valor pra pessoa, a interpretação já é diferente.

Um outro amigo tem uma camiseta onde está escrito o título desse texto. Não sei se a frase é exatamente essa, não importa, a idéia que ela transmite é essa. Eu acho que é exatamente o caso. Eu mesmo passei pelo outro lado dessa moeda recentemente ("ver" o que não quer), em uma situação bem diferente, e cada vez mais percebo que o que eu vi não é exatamente o que eu pensei ter visto. Entendeu?

É importante discernir entre as coincidências e o que é real. Nos salva de decepções infundadas e de falsas esperanças, as duas numa cajadada só.

Bem, de qualquer forma, se esse caso da Bíblia incentivá-lo a ajudar ainda mais pessoas, eu não vejo mal algum, justamente o contrário, ele só tem a ganhar com isso! Mas, como todas as coisas no mundo, tudo em excesso faz mal. Contanto que ele lide com isso como um incentivo a mais e mais um motivo pelo qual trabalhar, é altamente válido; o que não pode é levar isso como um modo de vida e única razão para a caridade e trabalho social. Muitos outros fatores estão envolvidos e seria importante levar todos eles em consideração.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

It´s time for África! Viva a Vuvuzela e o Mandela!

A copa do mundo acabou. Tinha muita coisa que eu queria comentar sobre o assunto, mas navegando na Internet me deparei com um post que sintetiza muito do que eu penso e também traz uma visão muito bonita do evento, que vai muito além do simples futebol. Ainda mais nessa copa, a Copa da África, emblemática e com caráter revolucionário, a função social de um evento esportivo dessa magnitude se mostra ainda mais relevante.

Enfim, deixo-lhes com o texto em questão, que encontrei nesse blog aqui, da banda Forfun, vale a pena conferir as músicas também xD

~8~

A humanidade escreve novas páginas em seu livro sagrado. Para os seres humanos sensíveis, capazes de sensibilizar seus corações além da noção de nacionalidade, um dia de festa, alegria e emoção. Chorei muito com a festa de encerramento. Com as imagens em câmera lenta das torcidas de todos os países comemorando.

A África celebra seu primeiro evento mundial. Os olhos do globo, acostumados aos séculos focalizando os mesmos lugares, agora focam um sítio diferente.

África!

África!

África!

Goste você ou não, as Vuvuzelas são o zumbido da terra. São o GRITO DO POVO! A expressão sincera de quem quer ser ouvido.

E a África soube celebrar uma copa como a tempos não se via. Quantas personagens maravilhosas?
Jabulani, Polvo Paul, Vuvuzelas, Bafana Bafana, Maradona, Mandela, Puyol!

Foi lindo. Do primeiro ao último jogo. Assisti a todos os que pude. Inclusive os do Brasil. Torci por uma seleção, representante de uma nação, liderada por alguém cujo as idéias não me convenciam. Mesmo assim vibrei com cada lance e cada gol. Porém, muito mais do que vibrar com o Brasil, país onde nasci e que amo; vibrei com a HUMANIDADE e sua capacidade de superar as fronteiras, etnias e a ILUSÃO das raças.

Não existem raças, e maior que todas as pátrias, é a FRATERNIDADE HUMANA.
Grande ironia do destino (ou destino da ironia) ver Espanha e Holanda disputando a final na África. Nações responsáveis, há séculos atrás, por atrocidades contra os povos americanos e orientais. Mas Jesus disse algo assim: “Quando levar um tapa no rosto, dê a outra face para que lhe batam outra vez.”

Por isso, SALVE o povo Espanhol, o povo Holandês e o POLVO Alemão!

Guardar rancor é num tremendo engano. É triste e não nos leva a nada.

Não é à toa que Nelson Mandela, uma das maiores personagens da história da humanidade, representante do PERDÃO sincero, esteve presente abençoando o encerramento desta festa maravilhosa. Ele que foi capaz de perdoar as barbaridades cometidas contra seu povo, e levar uma nação inteira, e hoje um mundo inteiro, a conceber a noção de FRATERNIDADE e de SOLIDARIEDADE.

Japoneses, Ganeses, Franceses, Argentinos, Brasileiros, Hondurenhos, Paraguaios, Suíços, Italianos e Sul Africanos.

Mais do que qualquer nacionalidade….
SOMOS IRMÃOS.

Alegria, Amor e Perdão.
É disso que somos feitos.
Glória Deus nas alturas!